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  • Foto do escritorMonte Everest

Abril azul e o Clube de desbravador

Olá, querido líder! Maranata!


Você já deve saber que setembro é o mês amarelinho em que nos atentamos à prevenção ao suicídio; em outubro a cor é rosa e falamos mais sobre o câncer de mama. Novembro é azul e a gente olha com mais atenção para os cuidados tomados a fim de se evitar o câncer de próstata. Mas você sabia que também existe o abril azul? isso mesmo. Um mês mega especial! Se você nunca ouviu falar, saiba que este é o mês de conscientização sobre o Autismo.



Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que em todo o mundo, cerca de 1 em cada 100 crianças tenha autismo. Existem uma média de 70 milhões de pessoas autistas no globo terrestre. Uma estatística bem alta, relevante e cada vez mais crescente.


Como definir o autismo? Muitas vezes ouvimos falar, mas não compreendemos muito bem o que é. Na verdade, o autismo ocorre devido à alterações genéticas que acarretam em uma série de mudanças nos circuitos cerebrais do indivíduo, afetando seu neurodesenvolvimento, e causando alterações comportamentais; déficits na comunicação e na interação social; padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados; hipersensibilidade sensorial, entre outras características.


Alguns pais já começam a perceber esses sinais em seus filhos desde bem novinhos, mas nem sempre eles são perceptíveis de forma tão precoce. É importante saber que quanto mais cedo a condição for identificada, maior é o sucesso do tratamento em função da maior neuroplasticidade cerebral. Geralmente as crianças são diagnosticadas entre 4 e 5 anos de idade. E quando ocorre o diagnóstico, existe um período em que a família precisa lidar com as diferentes emoções que emergem deste momento; além das consequentes mudanças na rotina familiar e necessidade de adaptação na tentativa de garantir bem-estar e qualidade de vida para a pessoa autista. Costuma ser um período muito desafiador, que precisa ser acolhido e compreendido com muita empatia.


É válido ressaltar que, ainda hoje, em nossa sociedade, muitas famílias sofrem preconceitos vinculados à forma como seus filhos ou filhas se comportam. Muitas palavras e olhares de julgamento são direcionados a eles. Afinal, “o autismo não tem cara”. Essa desinformação social é lamentável e pode abalar profundamente uma pessoa e seu contexto familiar inteiro.


Atualmente já se tem alguns sinais visuais que auxiliam na identificação, como é o caso do cordão de girassol, que tem como objetivo identificar pessoas que possuem deficiências ou condições específicas que não são perceptíveis, e o cordão de quebra-cabeça, que serve para identificar pessoas com autismo.


Enquanto líderes que caminham rumo à excelência, e pessoas que lidam ou irão lidar com crianças, adolescentes ou adultos autistas, precisamos ser sensíveis e estar instrumentalizados e munidos de conhecimento. Não precisamos ser profissionais, mas precisamos estar preparados para os receber clube de desbravadores, e tratar dignamente e efetivamente esses meninos e meninas potentes e que possuem um modo tão singular de ser e de enxergar o mundo à sua volta.


Há muito trabalho voltado aos nossos desbravadores autistas que precisa ser feito. Há tanta coisa que podemos aprender! Um post é muito pouco. Mas saiba, não há padrões, cada pessoa autista é singular e única. Cada uma com seus afetos, habilidades, gostos, desafios e sensibilidades. Cada um com sua forma de amar e compreender as nuances da vida. Cada pessoa com suas especificidades de cuidado. Devemos nos preparar e tentar encontrar modos para preservar e incentivar, na medida do que for possível para o indivíduo, sua funcionalidade dentro do clube; garantindo que seja acolhido e incluído; que sua autonomia e preferências individuais sejam respeitadas e que ele consiga usufruir do melhor que temos e podemos oferecer dentro dos desbravadores.


Por fim, que durante este mês de abril possamos procurar expandir nossos conhecimentos sobre o autismo, quebrando barreiras e vencendo preconceitos. Mas que não se limite só a este mês. Que possamos buscar ser luz de Jesus na vida dessas pessoas tão preciosas, e um ponto de segurança e confiança para elas e seus cuidadores. Que possamos levar a informação para outras pessoas também, a fim de diminuirmos o estigma e discriminação que cercam o autismo, e para que juntos, possamos promover ações que garantam maior acessibilidade, inclusão, respeito e apoio a todos.



Larissa Santos

Psicóloga

Líder de Desbravadores

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